quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A casa da tristeza

  É preciso muito para me alegrar e quase um estalar de dedos para me entristecer. Sinto-me tão frágil que é como se qualquer vento pudesse me partir. Tem dias em que eu simplesmente acordo sorrindo, com bons pensamentos sobre o mundo e o amor e é como se pássaros cantassem por todas as partes, porém logo algo destroi essa alegria por inteiro e a transforma em chamas e escuridão. A tristeza é tão pesada e avassaladora que quase posso sentir sua presença -sólida- aqui, quase posso toca-la. é como se ela me abraçasse em seu negro ventre soturno e cuidasse de mim como a um filho, impedindo qualquer outro sentimento de permanecer. A tristeza é como se fosse sua casa, por mais que se "passeie" e experimente um pouco de ar fresco, é sempre para ela que você retorna. Eu não digo mais que estou triste ou chateada, e sim que SOU essas coisas, o "hóspede" dentro de mim é a alegria, sentimento que de vez em quando faz breves visitas, mas logo se esvai.

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