quinta-feira, 19 de maio de 2011

On a distant shore


Eu vejo um lugar. Talvez ele nem exista, mas eu o vejo. Não é a mais bela das paisagens, porém a única em que eu quero estar agora. O som das ondas varrendo a areia é como uma melodia serena, é tudo o que eu quero ouvir. A brisa geladinha vem de vez em quando, unicamente para manter a temperatura em um estado agradável. A areia e a água são douradas, quase ouríferas, e as ondas são levemente temperadas [quentes], gostosas de se sentir tocar os pés. O céu é escuro, mas mantém um brilho sépia-bronze, o bastante para iluminar e aquecer todo o ambiente. Não há atmosfera; vejo planetas e pequenos cometas indo e vindo a todo instante. Aquelas montanhas ao norte, só eu conheço as suas trilhas.. Esse lugar, esse lugar que eu vejo, fica em uma galáxia remota, num planeta pequeno, numa praia distante. Eu apenas permaneço ali, caminhando de uma margem a outra ou sentada em uma pedra, observando os astros; eu não quero pensar em nada, nem nos meus próprios pensamentos. Quero fingir que não sinto, não sou e não tenho nada. Sou apenas alguém naquele lugar, e é o único lugar que eu quero estar agora.

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