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| [eu que editei a imagem] |
Se eu aprisionasse minha mente e a envelasse em um manto de mágoas eternas eu a privaria das brisas juvenis que correm os ares. Se eu vedasse meus olhos de escuridão e os entregasse a derrota inevitável eu não veria o alvorecer trazendo um novo dia. Se eu abrigasse meu corpo da chuva e o impedisse de prosseguir mediante à obstáculos eu não sentiria a água dos céus renovando-me o espírito. E se eu jamais visse o arco-írias por trás da neblina? E se eu jamais contemplasse o brilho das estrelas no soturno da noite? Eu traria lágrimas de dor aos meus olhos, eu levaria o perfume da morte ao meu cerne, eu seria um árido de desesperança, secando por dentro. E se eu fechasse meu coração eu não poderia amar, eu não poderia viver.
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